quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

EVANGELHO DO DIA


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: "Pedi e vos será dado! Procurai e achareis! Batei e a porta vos será aberta! Pois todo aquele que pede, recebe; quem procura, encontra; e a quem bate, a porta será aberta. Quem de vós dá ao filho uma pedra, quando ele pede um pão? Ou lhe dá uma cobra, quando ele pede um peixe? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem! Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a lei e os profetas". (Mt 7,7-12)


REFLEXÃO


No relacionamento com o próximo, os discípulos de Jesus devem pautar-se por um preceito fundamental: “Tudo o que vocês desejam que os outros lhes façam, façam vocês também a eles”. Norma formidável para quem deseja relacionar-se, de modo conveniente, com seus semelhantes.
A tradição dos rabinos conhecia uma sentença análoga, com a diferença de ser formulada em forma negativa: “O que vos parece odioso, não o façais a vosso próximo. Eis a Lei! Tudo mais é apenas explicação: Ide e aprendei”.
Os discípulos foram instruídos a buscar em si próprios – em suas necessidades e em seus anseios – a regra conveniente de conduta. Dispensam-se as recompensas e os reconhecimentos. A ação flui na mais absoluta gratuidade, na qual o discípulo encontra a alegria e se sente recompensado. Dispensam-se, também, os legalismos casuístas e as restrições. O critério da ação está no coração de quem faz o bem ao próximo.
Alguém poderia objetar que este critério é perigoso, podendo gerar uma forma velada de egoísmo, no qual o indivíduo reduz o próximo a seus esquemas mesquinhos. Este preceito, porém, deverá ser entendido junto com o que Jesus ensinou mais adiante: “Sede perfeitos, como o Pai celeste é perfeito”. O verdadeiro discípulo tende a alargar o seu coração para torná-lo grande como o coração do Pai.

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